Calcula-se que mais de metade de todos os átomos de carbono presentes em moléculas orgânicas estejam nas moléculas dos hidratos de carbono. As moléculas de hidratos de carbono mais simples são essencialmente sintetizadas por plantas contendo clorofila (plantas verdes) e pela acção da energia da luz do Sol. A este processo chama-se fotossíntese, e nele as plantas combinam dióxido de carbono do ar com água do solo para obter hidratos de carbono.
(Esta é a forma que os químicos encontraram para dizer, de uma maneira simples, que seis moléculas de dióxido de carbono e seis de água, ao receberem a energia do sol, e na presença de clorofila, reagem entre si, daí resultando uma molécula de um hidrato de carbono (glucose) e ainda seis de oxigénio, que se liberta para a atmosfera.)[1]
Nas plantas, os hidratos de carbono têm essencialmente duas funções: armazenar energia e funções estruturais (por exemplo a celulose nos tronco das árvores). Os hidratos de carbono correspondem a ¾ do peso seco das plantas.
Os animais, incluindo o homem, obtêm os hidratos de carbono alimentando-se de plantas, mas não armazenam em geral o que consomem sob essa forma. Usam-nos para produzir energia e como fonte de átomos de carbono para a síntese de outros compostos. Para além disto, existem nos organismos diversos hidratos de carbono com variadíssimas funções. O Homem usa ainda quotidianamente os hidratos de carbono de origem vegetal na alimentação (cerca de 65% da nossa dieta são hidratos de carbono), na roupa (algodão e linho), como madeira para queimar (obtenção de energia), na construção, no fabrico de papel, etc.
[1] As moléculas podem ser simplificadamente representadas por fórmulas, onde as letras representam os átomos que as constituem (C = carbono, O = oxigénio, H = hidrogénio, etc.) e os algarismos, o número de cada átomo na molécula. Por exemplo C6H12O6 - é uma representação da molécula dum açúcar, a glucose. Esta é então constituída por seis átomos de carbono, doze de hidrogénio e seis de oxigénio. Por vezes, quando se pretende uma representação mais geral, em vez de um algarismo usa-se a letra n que representa vários algarismos possíveis.
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