A indústria de corantes, que se iniciou após a descoberta de Perkin referida no post anteiror, cresceu rapidamente e em 1870 a Inglaterra dominava esta indústria. Porém, a investigação em Inglaterra era muito académica nesta altura, ao passo que na Alemanha era muito mais dirigida para a aplicação prática dos produtos. Isto fez com que os alemães avançassem muito mais rapidamente na produção de corantes e tiveram tal sucesso que em 1914, quando do início da 1º Guerra Mundial eles dominavam a produção mundial destes compostos detendo mais de 75% do mercado mundial.
BASF factory, Ludwigshafen (ca. 1900) Edelstein Collection, Hebrew University
As bases muito sólidas obtidas da produção de corantes, não só bases económicas mas também técnicas, conhecimento científico e experiência de investigação, fez que as maiores companhias (BASF, Bayer, Hoechst) começassem a exercer actividades noutras áreas da indústria química. No início do século XX tinham feito avanços consideráveis na indústria farmacêutica. Os primeiros , medicamentos com sucesso a serem fabricados foram a Aspirina, lançada pela Bayer em 1899, e o Salvarsan, para tratamento da sífilis, lançado pela Hoechst em 1910.
A BASF, por seu lado, concentrou-se na química inorgânica e teve bastante sucesso no desenvolvimento de um processo para fabrico de ácido sulfúrico e depois para produção de amoníaco (processo Haber). Este foi um passo fundamental no processo de evolução da indústria química, pois exigia fábrica muito sofisticadas para processar gases a altas temperaturas e pressões.
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