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Em 1980 Hervé This, químico francês, começou a interessar-se por compreender os fenómenos que ocorrem quando se cozinha. Mais tarde, em 1988, N. Kurti e H. This iniciaram uma colaboração. Este trabalho mostrou que muitas técnicas, resultantes de uma aproximação empírica ao longo de séculos, podem ser explicadas com base na composição dos alimentos e alterações físicas e químicas que ocorrem na sua preparação.
A este ramo da ciência dos alimentos, que estuda a culinária a nível doméstico ou de restaurante, chamaram “Gastronomia Molecular”. Esta distingue-se das ciências alimentares tradicionais por o seu objecto de estudo serem as preparações em pequena escala, e não as industriais, e ainda por considerar a alimentação como um todo: os ingredientes crus, a sua preparação e finalmente a forma como são apreciados pelo consumidor. É assim interdisciplinar, envolvendo a química, a física, a biologia e a bioquímica, mas também a fisiologia, a psicologia e a sociologia.
A Gastronomia Molecular é uma ciência que procura aprofundar o conhecimento e estuda todos os tipos de cozinha, desde as tradicionais às mais vanguardistas. Como em todas as ciências, os conhecimentos alcançados reflectem-se em novas aplicações práticas. Seja a optimização de técnicas tradicionais ou a introdução de novas técnicas, como a cozinha a baixas temperaturas; ou o uso de ingredientes menos tradicionais (mas sempre do grupo aprovado para alimentação), como é o caso de uma vasta gama de agentes gelificantes, espessantes e corantes de origem natural ou do azoto líquido; e mesmo a utilização na cozinha de equipamento comum nos laboratórios.
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