segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meias de Nylon

A investigação que levou à descoberta do nylon foi levada a cabo por W. Carothers e seus colaboradores nos laboratórios da DuPont. Na altura já se sabia que a lã e a seda eram proteínas e conhecia-se a estrutura molecular destas. Como pretendiam produzir fibras, tentaram sintetizar novos polímeros com certas semelhanças com as proteínas da seda e lã.  Carothers e o seu grupo produziram vários nylons usando diferentes aminas e derivados de ácidos orgânicos (as moléculas que usaram como blocos construtores e que se ligaram umas às outras para dar das longas moléculas da fibra). 

O nylon que foi pela primeira vez usado em escovas de dentes em 1938. Mas não despertou grande interesse. No entanto, quando foi usado para substituir a seda (muito cara) em meias para senhora, em 1939,  foi um enorme sucesso. Foi depois usado também para fabricar roupa. 
Quando começou 2ª Guerra Mudial a quantidade limitada de nylon fez com que este fosse usado de preferência para pára-quedas, cordas e outro material necessário aos militares... as meias de nylon não eram prioridade. 


Dada a sua escassez, eram muito procuradas, de alto valor e usadas como moeda de troca. Só nos anos 50 a produção de nylon voltou a ser suficiente para se produzirem meias em quantidade que satisfizesse a procura.  Na figura seguinte pode ver-se publicidade para promoção de meias depois da guerra. 


No entanto, apesar de ser muito usado como fibra pode ser moldado de outras formas e é usado para substituir peças de metal em algumas máquinas. Este tipo de aplicações resulta do facto de ser forte, rígido, resistente à abrasão e pouco reactivo.

A utilização de nylon em roupas cedo deixou de interessar os consumidores. Como este é hidrofóbico (não "gosta" de água)  os tecidos de nylon não absorviam humidade nem eram permeáveis a ela. Assim estes tecidos tornavam-se desconfortáveis. Pensou-se em produzir uma nova fibra, mas tal saía caro e havia máquinas que tinham sido desenvolvidas para fibras de nylon e não eram adaptáveis a outras fibras. A resolução do problema não veio com o desenvolvimento de uma nova fibra, mas com uma nova tecnologia para tratar o nylon. Desenvolveu-se um processo para produzir fibras mais finas e para lhes tirar o brilho e ficarem com um aspecto mais agradável e mais semelhante ao das fibras naturais. Mudaram-se também as características do fio através da introdução de um grande número de loops. Estes permitem que a fibra continue a ser à prova de água, pois os loops são suficientemente finos para não deixar passar a água líquida, mas permitem que a fibra deixe “respirar” pois os loops permitem a passagem do vapor de água. À nova fibra, mais suave e com textura semelhante à do algodão, foi chamado Tactel.

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