Dissemos há dias que a água sólida (gelo) é menos densa que a água líquida e que portanto uma pedra de gelo num copo de água vem sempre ao de cima.
Em termos da natureza isto tem os seus prós e os seus contras. Por um lado, o facto do gelo ser menos denso do que a água significa que nas zonas geladas do nosso planeta, o mar, os rios e os lagos congelam à superfície mas mantêm-se líquidos nas camadas logo abaixo, permitindo assim a existência de vida – flora e fauna.
Mas, por outro lado, em dias realmente frios, a água existente nas células dos vegetais pode congelar e, como o gelo ocupa um maior volume, isso pode levar ao rebentamento dessas células, tal como acontece com a garrafa de água. E isso é muito mau para as plantas e até pode levar à sua morte.
Este aumento de volume da água quando congela também tem consequências pouco agradáveis quando, por exemplo, congelamos um alimento. É que se a congelação for lenta e gradual, os cristais de gelo ficarão com uma dimensão relativamente grande e o aumento de volume associado à forma de agulhas, leva à rotura de estruturas celulares, alterando a textura do dito alimento. Na indústria alimentar há condições para se provocar uma congelação quase instantânea em que se formam cristais minúsculos, minimizando este problema.
A dimensão dos cristais de gelo é também muito importante quando se faz um gelado. Quanto mais pequenos forem esses cristais, mais macia e aveludada é a consistência dum gelado. Daí que não seja fácil fazer um bom sorvete sem um arrefecimento rápido e a ajuda duma sorveteira que, com a sua agitação constante, impede a formação de cristais de gelo grandes.
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