Possivelmente nunca se deu ao trabalho de comparar a sua cozinha e o que lá faz com um laboratório e o que por lá se passa. Se reparar bem, há muitas semelhanças.
A organização do espaço nos dois locais é parecida – trabalha-se em bancadas; num caso protege-se usando uma bata, no outro um avental… mas as semelhanças são bem maiores. Num laboratório, uma operação comum é pôr alguns compostos químicos dentro de um balão, e aquecê-los para lhes fornecer energia que lhes permita reagir entre si e darem os produtos finais pretendidos. Numa cozinha, substitui o balão pelo tacho, mas basicamente tudo o resto é idêntico.
Se calhar vai dizer que faltam os compostos químicos… Mas se o ia fazer, pense bem… eles estão lá. Toda a matéria, e neste caso particular todos os alimentos, são formados por átomos e moléculas.
Embora não se tenha geralmente consciência disso, todos os alimentos mais não são do que conjuntos de compostos químicos e, portanto, constituídos por minúsculas partículas – os átomos e as moléculas. Quando se cozinha, mais não se está do que a obrigar esses átomos e essas moléculas a comportarem-se da forma que se acha mais apropriada para poder obter produtos finais que nos alimentem, com segurança, e nos dêem prazer. Ou seja, durante as operações culinárias ocorre uma variedade de processos físicos, químicos e microbiológicos que afectam a textura, a cor, o sabor ou o tempo de conservação dos alimentos.
A ciência faz mesmo parte do quotidiano! Já tinha pensado que a sua cozinha é um laboratório onde todos os dias leva a cabo uma variedade de reacções químicas? E que ainda por cima essas reacções são fundamentais para preparar aqueles pratos de que a sua família e amigos tanto gostam?
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