domingo, 30 de outubro de 2011

A Química na Arte XXVII

Se puder, não deixe de ir ver!



INVULGAR – que não é vulgar, comum; especial, raro, incomum (Dic. Houassis).

... pois é. FALÁCIA não é um espectáculo qualquer mas, na realidade será um espectáculo INVULGAR!... Invulgar porque não é uma coisa que se veja todos os dias. Invulgar porque talvez nunca mais volte a ter a possibilidade de ver.

Nesta peça – FALÁCIA – há um debate vivo, audacioso e cativante, com sentimentos amorosos a cruzarem-se e a prender o espectador pelo “bico”. Num importante museu europeu, em Viena de Áustria, encontra-se a estátua de um rapaz nu, atribuída à era romana e que é a jóia da coroa do museu. Mas a ciência, através da química, desmistifica aquela era. E o valor artístico da obra, para além da data da sua feitura? – Aqui está um espectáculo para quem se interessa por tudo que é importante na vida mas, muito especialmente, para quem se interessa por QUÍMICA e/ou MUSEOLOGIA.



O autor – Carl Djerassi – já esteve em Portugal, na Seiva Trupe, há 4 anos, assistindo a uma sua obra teatral – Oxigénio – que também foi um grande sucesso. Agora, Djerassi regressa ao n/ país para estar presente na estreia de FALÁCIA e nessa altura a Universidade do Porto irá nomeá-lo Doutor Honoris Causa, integrando o evento nas comemorações do Centenário da Universidade e no Ano Internacional da Química.

Espectáculo, também integrado nas comemorações do 70º Aniversário da Liga Portuguesa Contra o Cancro.




A direcção tem a assinatura de Júlio Cardoso.
Os cenários são da autoria do Professor José Carlos Barros e no elenco teremos António Reis, Clara Nogueira, Joana Esteves, Joana Estrela, Joel Sines e Jorge Loureiro.


Retirado de http://www.seivatrupe.pt/

Mas quem é Carl Djerassi? 

Carl Djerassi nasceu em Viena, Áustria, em 29 de Outubro de 1923, mas foi educado nos Estados Unidos e tem nacionalidade norte-americana. Notabilizou-se como cientista na área da química, sendo conhecido, sobretudo, pelo seu decisivo contributo no desenvolvimento da pílula anticoncepcional. É também autor de uma importante obra literária, onde avultam peças de teatro, contos, poemas, novelas, textos memorialistas e uma autobiografia que ilustram o lado humano da ciência e os conflitos interiores que os cientistas enfrentam. Duas das suas peças, Oxigénio e Falácia, foram publicadas pela U. Porto Editorial.
Licenciado em Kenyon College (1942) e doutorado na Universidade de Wisconsin (1945), Djerassi possui uma longa e prestigiada carreira académica. É autor de mais de 1200 publicações científicas e de sete monografias, tendo sido galardoado com a National Medal of Science (em 1973, pela primeira síntese de um esteróide contraceptivo oral, a pílula) e com a National Medal of Technology (em 1991, por ter desenvolvido novas estratégias para o controlo de insectos).
Actualmente, é professor emérito de Química da Universidade de Stanford e membro da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos e da Academia Americana das Artes e Ciências, assim como de várias academias estrangeiras.

Djerassi recebeu, por diversas vezes, o doutoramento honoris causa e foi distinguido com vários títulos honoríficos, de que se destacam: o primeiro Wolf Prize em Química (1978); o primeiro National Academy of Sciences Award for the Industrial Application of Science (1990); a Medal Priestley da American Chemical Society (1992); a Medalha Erasmus da Academia Europeia (2003); a Cruz de Grande Mérito da Alemanha (2003); a Medalha de Ouro do American Institute of Chemistry (2004); o Prémio Serono da Literatura (Roma, 2005); a Grande Condecoração em Prata por Serviços prestados à República da Áustria (2008); entre outras distinções. Em 2005, os correios austríacos editaram um selo em sua honra.
Carl Djerassi é o maior coleccionador privado de obras de Paul Klee e é fundador do Djerassi Resident Artists Program, na California.


(informação da Seiva Trupe)
 

       Carl Djerassi  

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