terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quem quer fava-rica?

O tempo está frio, sendo bem apropriada, e pouco comum, a sugestão do Roteiro "Em Lisboa, à Descoberta da Ciência e da Tecnologia" do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.


Vendida nas ruas da Lisboa antiga por mulheres que, de panela à cabeça, a anunciavam gritando um dos últimos pregões lisboetas, a fava-rica era uma sopa de fava seca muito nutritiva e apreciada. As leguminosas, de que a fava é um exemplo, têm um alto teor de proteínas devido à simbiose com as bactérias Rhizobium do solo. Estas bactérias, alojadas nas raízes das plantas, convertem o azoto do ar em compostos que as leguminosas usam para produzir proteínas. Em vários locais do mundo, as leguminosas têm sido uma importante alternativa a fontes de proteína animal. A prová-lo está o facto de muitas proeminentes famílias romanas da antiguidade terem tido o nome das leguminosas mais comuns: Fabius (fabae - fava), Lentulus (lenticula - lentilhas), Piso (pisae - ervilha) e Cicero (cicer - grão de bico). Apesar da fava-rica ter desaparecido das ruas de Lisboa, ainda há recantos onde pode provar a receita original, como é o caso do restaurante Forno do Alfarrabista na Mouraria.

2 comentários:

  1. Muito obrigada pelos comentários que nos têm deixado. É bom saber que o material que aqui está vos é útil.

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  2. Obrigado por me deixar recordar uma figura tão característica dos anos 50.
    A.Nogueira

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