terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ir às iscas

Uma boa sugestão do Roteiro "Em Lisboa, à Descoberta da Ciência e da Tecnologia" do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.


O alfacinha do início do séc. XX ia às iscas. Comi-as com elas ou sem elas, ou seja, com ou sem batatas. Diz, Albino Forjaz de Sampaio em “Volúpia – a Nona Arte: A Gastronomia” que as de uma casa na Trav. do Cotovelo eram afamadas. As ultra-finas fatias de fígado eram cozinhadas numa enorme frigideira de ferro por cozinheiros galegos. Nunca se lavava a frigideira, “a não ser de anos em anos, quando os cozinheiros iam à terra, para deixar mal parados os créditos do substituto”.
O ferro tende a enferrujar, o que dá à comida um sabor desagradável. Mas ao se aquecerem os recipientes com óleo, este polimeriza formando uma camada protectora que evita o contacto com a água, e assim a ferrugem. A lavagem frequente removê-la-ia…
Ainda hoje é possível prová-las um pouco por toda a cidade. Procure-as nas tascas de Lisboa.
(versão integral)



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