quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A Química do Álcool


Algumas substâncias químicas estão tão ligadas à nossa vida ou à nossa civilização que já nem nos referimos a elas como… substâncias químicas. É o caso da substância-tema de hoje, é um álcool, o etanol. Faz parte de uma família numerosa, que inclui membros como o metanol (que é venenoso) ou o etilenoglicol, usado como anticongelante. O etanol é o único da família produzido para consumo humano desde os alvores da civilização – razão pela qual é conhecido simplesmente por…álcool.
A química do álcool no nosso organismo – que é o mesmo que dizer “os efeitos do álcool sobre o nosso organismo” – já é bastante conhecida. Contudo, ainda existem muitos mitos associados ao álcool – por exemplo, o mito de que o álcool aquece. Na verdade, o álcool é um vasodilatador periférico, isto é, aumenta o afluxo de sangue à periferia do corpo: às mãos, aos pés, ao rosto, e toda a pele em geral. Em situações de exposição ao frio, o nosso corpo protege-se afastando o sangue dessas zonas periféricas, mantendo-o quente no interior do corpo, junto a órgãos essenciais como o coração. O álcool contraria essa medida de segurança do nosso corpo, levando o sangue quente até às extremidades – o que resulta na tal sensação de calor, mas que pode também resultar na morte por hipotermia!
Mas o álcool é um bom exemplo de que é a dose que faz o veneno. O consumo moderado de álcool não é considerado prejudicial. Há mesmo estudos que sugerem que o álcool consumido em pequenas quantidades tem efeitos positivos sobre o aparelho cardiovascular. Já o consumo excessivo está claramente associado a problemas que incluem – entre muitos outros – a hipertensão, a demência prematura, a falência do fígado e problemas de desempenho sexual. A escolha é sua…


Episódio da série A Química das Coisas

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