O tempo está frio, sendo bem apropriada, e pouco comum, a sugestão do Roteiro "Em Lisboa, à Descoberta da Ciência e da Tecnologia" do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.
Vendida nas ruas da Lisboa antiga por mulheres que, de panela à cabeça, a
anunciavam gritando um dos últimos pregões lisboetas, a fava-rica era
uma sopa de fava seca muito nutritiva e apreciada. As leguminosas, de
que a fava é um exemplo, têm um alto teor de proteínas devido à simbiose
com as bactérias Rhizobium do solo. Estas bactérias, alojadas nas
raízes das plantas, convertem o azoto do ar em compostos que as
leguminosas usam para produzir proteínas. Em vários locais do mundo, as
leguminosas têm sido uma importante alternativa a fontes de proteína
animal. A prová-lo está o facto de muitas proeminentes famílias romanas
da antiguidade terem tido o nome das leguminosas mais comuns: Fabius
(fabae - fava), Lentulus (lenticula - lentilhas), Piso (pisae - ervilha)
e Cicero (cicer - grão de bico). Apesar da fava-rica ter desaparecido
das ruas de Lisboa, ainda há recantos onde pode provar a receita
original, como é o caso do restaurante Forno do Alfarrabista na Mouraria.
Muito obrigada pelos comentários que nos têm deixado. É bom saber que o material que aqui está vos é útil.
ResponderEliminarObrigado por me deixar recordar uma figura tão característica dos anos 50.
ResponderEliminarA.Nogueira