O alfacinha do início do séc. XX ia às iscas. Comi-as com elas ou sem elas, ou seja, com ou sem batatas. Diz,
Albino Forjaz de Sampaio em “Volúpia – a Nona Arte: A Gastronomia” que as de
uma casa na Trav. do Cotovelo eram afamadas. As ultra-finas fatias de fígado
eram cozinhadas numa enorme frigideira de ferro por cozinheiros galegos. Nunca
se lavava a frigideira, “a não ser de anos em anos, quando os cozinheiros iam à
terra, para deixar mal parados os créditos do substituto”.
O
ferro tende a enferrujar, o que dá à comida um sabor desagradável. Mas ao se aquecerem
os recipientes com óleo, este polimeriza formando uma camada protectora que
evita o contacto com a água, e assim a ferrugem. A lavagem frequente removê-la-ia…
Ainda hoje é possível
prová-las um pouco por toda a cidade. Procure-as nas tascas de Lisboa.(versão integral)
Sem comentários:
Enviar um comentário