sábado, 30 de abril de 2011

O que são vitaminas?


As vitaminas são um grupo de substâncias bastante heterogéneas do ponto de vista estrutural que pode ser caracterizado da seguinte forma:

- São nutrientes essenciais para o funcionamento do corpo.

- São compostos orgânicos.

- São necessários em quantidades pequenas e não são usados directamente como fonte de energia ou matéria prima para o organismo.


Casimir Funk

O nome vitamina deve-se ao bioquímico polaco Casimir Funk que assim denominou este grupo de compostos em 1912. Baseado na palavra latina vita (vida) e no sufixo – amina, significa aminas vitais ou aminas da vida. Foi ele quem descobriu este conjunto de substâncias orgânicas e inicialmente pensou que eram todas aminas (moléculas com um dado tipo de grupo de átomos).

As substâncias que se denominam genericamente por vitaminas têm as seguintes características:

- São componentes essenciais de sistemas bioquímicos ou fisiológicos de animais (e também plantas e micro-organismos).

- À medida que os animais evoluíram perderam a capacidade de as sintetizar em quantidades adequadas tendo que as obter da dieta.


- Ocorrem em quantidades muito pequenas em materiais biológicos.

- A sua ausência nos tecidos (seja por não fazerem parte da dieta ou por não serem absorvidas) provoca o aparecimento de doenças e o mau funcionamento do organismo. E, ao contrário do que muita gente pensa, o seu excesso também tem consequências graves para a saúde.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

As ceras de animais e plantas


As ceras produzidas por animais e plantas são em geral misturas de substâncias em que  muitas delas pertencem ao grupo dos lípidos, que já referimos antes quando falámos de óleos e gorduras.  Elas são produzidas com funções essencialmente de protecção. Em particular para repelir excesso de humidade ou impedir a perda de água. Estas ceras cobrem carapaças de insectos, penas, pêlos, folhas, frutos....

 A cera de abelha, que é o material usado para fabricar os favos, é muito usada actualmente no fabrico de velas ou para ceras para calçado e tem sido usada desde a antiguidade como adesivo, para revestir superfícies ou outras aplicações. Foi muito usadas pelos egípcios na construção de barcos. Os gregos e os romanos usavam-na na preparação de tintas e mesmo para revestir paredes pintadas, provavelmente para as proteger da água  e como tratamento de superfícies. 

A cera de abelha tem um ponto de fusão (temperatura a que passa de sólido a líquido) de cerca de 64º.  O seguinte éster, formado pela ligação entre um ácido gordo e um álcool de cadeia longa, é uma molécula típica da sua contituição:


quinta-feira, 28 de abril de 2011

As feromonas das formigas

Tal como muitos outros insectos,  as formigas comunicam entre si com o recurso a feromonas. Nas formigas esta forma de comunicação é muito complexa e bem organizada.
Já reparou que quando uma formiga encontra alimento, muitas outras a seguem, seguindo exactamente o mesmo percurso?

Quando uma formiga encontra comida deixa um rastro de uma dada feromona no caminho de volta para o formigueiro, e esse é seguido por outras formigas que para lá se dirigem, seguindo exactamente esse caminho, pois é ele que está delineado pela feromona. Mais, no caminho de regresso elas vão reforçando essa marcação libertando mais feromona. Quando o alimento acaba, as formigas não libertam feromona no regresso e o cheiro acaba por se dissipar. 

Quando um caminho estabelecido para acesso a uma fonte de comida é bloqueado por um obstáculo, as formigas abandonam-no para explorar novas rotas. Logo que uma é bem sucedida, o caminho é de novo marcado com feromona e assim toda a colónia de formigas fica a conhecê-lo. 

As formigas usam feromonas para comunicar outras coisas para além do caminho para o alimento. Por exemplo, usam-nas para anunciar uma situação de perigo.  Se esmagar uma formiga, ela emitirá uma feromona  cujo cheiro será detectado pelas antenas das outras formigas e que o interpretarão como um sinal de perigo e agirão de acordo com a situação. 

Mas as formigas são bem mais espertas do que pensamos, para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam feromonas, que os fazem lutar entre si.

Uma sugestão, veja este vídeo:

 


quarta-feira, 27 de abril de 2011

As feromonas e o controle de pragas de insectos


A descoberta das feromonas permitiu desenvolver novas técnicas de contolar a proliferação de insectos sem poluir o ambiente.

Uma vez identificadas as feromonas características de uma determinada espécie e determinadas as suas estruturas, tornou-se possível sintetizá-las no laboratório. Uma pequena quantidade de uma feromona sintética pode então ser usada para atrair os insectos machos a uma armadilha. Sem machos não pode haver reprodução e é assim possível controlar pragas de insectos sem poluir o ambiente. Isto, porque estes compostos são colocados dentro de recipientes em determinadas zonas, ao contrário dos insecticidas mais tradicionais que são pulverizados.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Comunicação química

Os insectos emitem compostos, chamados feromonas, para comunicar entre si. Estes compostos são específicos de cada espécie, quer isto dizer que os insectos só são sensíveis às feromonas da sua própria espécie.

Um das principais funções das feromonas é de natureza sexual, para que machos e fêmeas se atraiam entre si. Normalmente a fêmea emite a feromona e o macho é atraído pelo seu cheiro. As feromonas têm ainda a característica de serem eficientes em quantidades muito, muito baixas.

Um exemplo de uma feromona  sexual,  é cis-9-tricoseno,  secretado pelas fêmeas da mosca doméstica.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para assinalar o 25 de Abril...

Para assinalar o 25 de Abril. aqui fica uma experiência que pode fazer com cravos:




http://www.cienciaviva.pt/projectos/pollen/livroPT_pollen.pdf

Aspirina


Durante séculos as pessoas mastigavam casca de salgueiro para aliviar as dores (Hippocrates  já o recomendava há 2400 anos). 

Em 1860 um químico orgânico extraiu um composto, o ácido salicílico, da casca do salgueiro e pouco tempo depois descobriu-se que esse composto era o responsável por aliviar a dor. Os médicos começaram imediatamente a prescrever ácido salicílico aos seus doentes porque este era eficiente, mas tinha inconvenientes – um sabor desagradável e irritava a boca e o estômago.

Em 1983 um químico da Bayer, na Alemanha, preparou um derivado do ácido salicílico (ácido acetilsalicílico)e a Bayer chamou-lhe aspirina.


A aspirina revelou ser muito eficiente,  tanto como o ácido salicílico ou ainda melhor, a aliviar as dores, a febre e os inchaços provenientes e lesões, e não tinha os seus inconvenientes. De facto é muito segura e com poucos efeitos secundários. A sua utilização cresceu rapidamente e tornou-se num dos medicamentos mais utilizados .


domingo, 24 de abril de 2011

Para Assinalar a Páscoa...


Para assinalar a Páscoa, aqui fica uma experiência com ovos.
http://www.cienciaviva.pt/projectos/pollen/livroPT_pollen.pdf

O agar que as algas nos dão

A palavra AGAR é de origem Malaia, tendo o agar sido descoberto e utilizado no Oriente desde o séc XVII. No Japão é conhecido como “Kanten”, na China é “Dongfen”, tendo ainda inúmeras outras designações.
O agar é usado há alguns séculos nas cozinhas asiáticas para fabricar “gelatinas” e também como espessante em sopas e molhos.
Durante o século XIX foi importado para os países europeus, para fabricar sobremesas, e posteriormente passou a ter outras aplicações na indústria alimentar. Como mantém a estrutura de gel, mesmo a temperaturas altas, é ideal para fabricar “gelatinas” em climas tropicais.

É extraído de algumas algas vermelhas marinhas da classe Rodophyceae. Tais algas são denominadas agarófitas, sendo as principais espécies de valor comercial a Gracilária, a Gelidium e a Pterocladia. O teor de agar nestas algas varia de acordo com as condições do meio: a concentração de dióxido de carbono e de oxigénio da água do mar, a sua temperatura e intensidade de radiação solar.
As algas são em geral apanhadas manualmente, por pescadores, em zonas pouco profundas e na maré baixa ou, por mergulhadores munidos de equipamentos adequados. Depois de colhidas, as algas são secas ao sol até atingirem um nível de humidade ideal para o seu processamento. Após o tratamento industrial, o agar é comercializado sob diversas formas: pó, flocos e barras.
O agar é um dos espessantes/gelificantes usados na culinária. Trata-se dum hidrato de carbono, com um grande poder de gelificação (superior ao da gelatina), e que não é absorvido pelo organismo, funcionando assim como uma fibra alimentar. Estruturalmente é uma complexa mistura de polissacáridos (hidratos de carbono de cadeia longa) que constituem duas fracções: a agarose, moléculas lineares que têm função de gelificante, e a agaropectina, moléculas ramificadas, fracção não-gelificante
 O mais importante é que se mantém na fase semi-sólida mesmo a temperaturas superiores à ambiente, permitindo assim combinações de texturas e de temperaturas menos vulgares e até surpreendentes. De facto gelifica entre 32º e 45º e só volta a liquefazer-se entre 85º e 95º.
Usando um tubo de plástico e uma seringa, podem fazer-se esparguetes de sumos de fruta em que dissolvemos agar (com uma concentração de 1%).
Uma nova e divertida forma de comer o sumo. E também muito bonita! Não acham?